Golpe de Estado na Tailândia ameaça turismo de US$ 35 bi do país
O golpe de Estado anunciado pelo Exército da Tailândia nesta quinta-feira (22) pode afetar ainda mais o turismo local, avalia o jornal americano “Wall Street Journal”. O número de turistas estrangeiros que visitavam a Tailândia já vinha caindo --há pelo menos oito meses o país enfrenta uma onda de protestos violentos antigoverno que resultou em 28 mortes.
O país asiático é um dos destinos mais procurados no mundo com 26,7 milhões de turistas, segundo dados do próprio governo.
Comparado com 2013, o número de pessoas que viajam à Tailândia caiu 5% --o que corresponde a cerca de 400 mil turistas a menos. É provável que o golpe de Estado leve a muitos cancelamentos de viagens. Funcionários da área de turismo esperam uma queda de 12% no número de visitantes neste mês.
Em entrevista ao “Wall Street Journal”, Virat Chatturaputpitak, vice-presidente da Associação de Agentes Turísticos do país, disse que a crise está “destruindo o setor do turismo”, que gera receita de US$ 35 bilhões e representa 9% da produção nacional.
A expectativa do governo tailandês, antes do golpe de Estado, era alcançar US$ 41 bilhões em receita com o turismo no país.
Golpe após crise política
O Exército da Tailândia deu nesta quinta-feira um golpe de Estado, dois dias depois de declarar lei marcial sob o pretexto de solucionar a crise política no país após mais de oito meses de protestos antigovernamentais. A Constituição foi suspensa.
"Em nome da lei e a ordem, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam em calma e continuem com seus afazeres diários", disse o chefe do Exército tailandês, Prayuth Chan-Ocha, ao lado de outros militares, em um anúncio transmitido ao vivo pela televisão pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).
O Exército assumiu o controle do governo e demais instituições no país. Além disso, exigiu que o premiê interino, Niwatthamrong Boonsongphaisan, e seus ministros se entreguem em um quartel militar em Bancoc.
Há relatos de que vários representantes do governo, entre eles o ministro da Justiça, foram detidos pelos militares e levados até as dependências do Primeiro Regimento de Infantaria.
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